Networking - Life Vidalia

O LIFE VIDALIA prevê ser parte ativa de uma rede de partilha de conhecimento técnico juntamente com outros projetos, incluindo outros sob a alçada do programa LIFE, com o objetivo de estabelecer e manter um contacto direto e regular com equipas de outros projetos relacionados com a conservação de flora endémica na Macaronésia. A equipa poderá, assim, beneficiar da observação direta dos resultados de outros projetos, ao mesmo tempo que disponibiliza também experiências, conhecimentos e protocolos adquiridos de forma direta com os trabalhos desenvolvidos no âmbito do LIFE VIDALIA para utilização por outros projetos.

Para além disso, o LIFE VIDALIA implementa Workshops de Capacitação para disseminar não só os resultados do projeto, como também as aprendizagens adquiridas através de outras entidades da Macaronésia. Por fim, está prevista uma Conferência Final que deverá abordar as conclusões e resultados do projeto tendo em conta as metodologias utilizadas.

Apesar de o Projeto LIFE VIDALIA ter o seu termo em 2023, os trabalhos de disseminação do projeto deverão continuar após essa data.

LIFE VIDALIA em networking com o LIFE medCLIFFS (LIFE20 NAT/ES/001223)

A equipa do LIFE VIDALIA, projeto coordenado pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, realizou em novembro, via Skype uma reunião de networking com o projeto LIFE medCLIFFS, um projeto de controlo de plantas invasoras nas falésias mediterrânicas em pleno Parque Natural de Cap de Creus na Catalunha, Espanha. Tal como, a maioria das áreas de intervenção do LIFE VIDALIA, as do LIFE medCLIFFS integram também a Rede Natura 2000.

O principal propósito desta reunião, cujo contacto foi estabelecido pelo LIFE VIDALIA, foi promover o “Trabalho em rede”, com transferência de metodologias e soluções bem-sucedidas durante os 4 anos já decorridos do projeto, concretamente na erradicação e controlo do chorão (Carpobrotus edulis), uma espécie exótica invasora também a erradicar pelo LIFE medCLIFFS, embora existam outras idênticas, tais como, a bons-dias (Ipomea indica) e a cana (Arundo donax).

Maria Guirado e Gerard Carrión do LIFE medCLIFFS incidiram as suas questões sobre a metodologia utilizada pelo LIFE VIDALIA na remoção do chorão em falésias costeiras e qual a gestão dos resíduos vegetais realizada.

O projeto LIFE VIDALIA efetivou convite ao LIFE medCLIFFS para visitar as áreas de intervenção no Faial e Pico ou São Jorge. No dia 5 de dezembro confirmaram, via correio eletrónico a sua vinda na primavera de 2023.

Os contatos e troca de informações técnicas têm-se mantido.

LIFE VIDALIA – 2º Workshop Técnico: “Flora Exótica Invasora: Diversidade de Espécies, Padrões Geográficos, Metodologias de Controlo e Projetos LIFE de Conservação”

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LIFE VIDALIA realiza visita de Networking ao projeto LIFE DUNAS, Porto Santo, Madeira

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Pode ler o artigo completo aqui.

01.06.2021 – Primeiro Workshop Técnico LIFE VIDALIA – A Conservação da Flora Endémica

A Doutora Sandrine Godefroid é investigadora sénior no Jardim Botânico de Meise (Bélgica), onde desenvolve programas de conservação ex situ para espécies ameaçadas, de forma a apoiar os trabalhos de conservação in situ levados a cabo neste jardim. Entre outros, os seus trabalhos incluem estudos sobre a viabilidade e comportamento de sementes armazenadas, o desenvolvimento de protocolos de propagação, e a reintrodução de populações na natureza. Está também envolvida na investigação sobre aspetos evolutivos em coleções ex situ e as possíveis consequências desta prática para o sucesso do estabelecimento de populações reintroduzidas. Além disso, tem um particular interesse na utilização de bancos de sementes como instrumento de investigação das adaptações recentes às mudanças globais. É membro ativo de consórcios internacionais que lidam com a conservação de sementes e a investigação ligada ao restauro de ecossistemas, como a European Native Seed Conservation Network, a Ecological Restoration Alliance of Botanic Gardens e a International Network for Seed-based Restoration. Já conta com mais de 50 artigos publicados em revistas internacionais e viu o seu trabalho reconhecido com 5 prémios científicos.

O Doutor Hanno Schaefer (nascido em 1975) estudou biologia nas Universidades de Wurtzburgo e Ratisbona, na Alemanha. Em 1998, visitou os Açores pela primeira vez e decidiu analisar os fetos e a flora com flor da ilha do Faial para a sua tese de mestrado. Continuou a trabalhar na flora do Arquipélago, sobre a qual realizou a sua tese de doutoramento sob a orientação de Peter Schoenfelder (2000 – 2003), e viveu durante vários anos em diferentes ilhas. Depois de completar o seu doutoramento, que deu origem aos primeiros mapas de distribuição e a um guia de campo para a flora dos Açores, mudou-se para o Brasil e tentou montar um projeto de ecoturismo na Amazónia. Quando este empreendimento falhou, regressou à Europa e trabalhou como pós-doutorado na Universidade de Munique Ludwig-Maximilians, na Imperial College London e na Universidade de Harvard. Desde 2012, é professor associado para a Biodiversidade Vegetal na Universidade Técnica de Munique. Até agora, publicou mais de 40 artigos científicos sobre a flora e a fauna dos Açores.

O Doutor Juli Caujapé-Castells é o diretor do Jardín Botánico “Viera y Clavijo” – Unidad Asociada al CSIC, uma divisão de investigação do Cabildo de Gran Canaria dedicada à conservação das floras terrestres das Canárias e da Macaronésia, através da aplicação de conhecimentos fundamentados em ciência multidisciplinar. É também chefe do Departamento de Biodiversidade Molecular e do Banco de ADN desta instituição, bem como copresidente do Grupo de Especialistas em Plantas das Ilhas Macaronésicas da IUCN. Com uma grande formação em genética de populações/conservação e filogenia molecular, utiliza as informações contidas na molécula de ADN num contexto interdisciplinar e criativo para investigar problemas relacionados com as floras da Macaronésia e de outros enclaves insulares. Atualmente, os problemas do seu maior interesse são: compreender melhor as origens, relações, evolução pós-colonização, diversidade, ligações biogeográficas e conservação da flora das Canárias e integrar os dados de bancos de ADN e moleculares em abordagens multidisciplinares da taxonomia. Dedica-se também à criação de ferramentas bioinformáticas para facilitar o armazenamento, análise e meta-análise de qualquer tipo de dados sobre a diversidade genética, bem como ao apoio à formulação de objetivos de conservação de plantas endémicas insulares em todo o mundo, favorecendo a generalização de padrões para além de casos isolados. Igualmente, promove a sensibilização do público para a investigação sobre biodiversidade desenvolvida em Jardins Botânicos.

O Dr. Francisco Manuel Fernandes, nascido em 1964, estudou Biologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, até 1988, e, em 1993, obteve o mestrado em Biotecnologia, na mesma faculdade. Ao terminar o mestrado, lecionou no liceu do Funchal (Madeira), de outubro de 1987 a julho de 1994. Depois, trabalhou como técnico no Jardim Botânico da Madeira, e agora é Técnico Superior no Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) IP-RAM, Governo da Madeira. Como técnico, esteve envolvido em projetos LIFE desde 1999, com ações relacionadas com a conservação de plantas (inventário, monitorização, propagação, reforço populacional) e, também, com o estabelecimento de um banco de sementes de plantas indígenas e um laboratório de cultivo in vitro de espécies ameaçadas de extinção, no Jardim Botânico da Madeira.

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