Principais Problemas

As populações de vidália (Azorina vidalii) encontram-se, na sua maioria, ameaçadas devido à degradação dos habitat e distúrbios causados pelo Homem, o que inclui a invasão por espécies exóticas, as alterações às condições hidráulicas e as atividades recreativas. O LIFE VIDALIA prevê reforços populacionais e melhoramento dos habitat, o que inclui também o controlo ou mitigação das espécies exóticas invasoras, uma vez que estas são uma das maiores ameaças observadas.

O lótus dos Açores (Lotus azoricus) é principalmente afetado por alterações dos habitat, redução da capacidade de dispersão devido ao isolamento, danos provocados por herbivoria e existência de Espécies Exóticas Invasoras. Assim, o LIFE VIDALIA foca-se no reforço populacional, para incrementar a viabilidade das populações, e melhoramento dos habitat circundantes. Estes trabalhos envolvem também o controlo e mitigação das Espécies Exóticas Invasoras de fauna e flora no local, incluindo a colocação de vedações para reduzir a herbivoria por parte de roedores, uma vez que a equipa de projeto observou danos provocados por estes nas folhas e sementes de vidálias, e está provado que outras espécies do género Lotus são predadas por roedores.

As ações de sensibilização ambiental e a promoção de mudanças de comportamento previstas contribuem também para a conservação das espécies-alvo e promovem o trabalho voluntário dirigido diretamente a estas. Para além disso, dado o impacto que as atividades recreativas induzem sobre as populações de vidália, são também levadas a cabo ações de sensibilização de modo a promover as mudanças de comportamento no público.

De uma forma geral, prevê-se que as ações de sensibilização no âmbito do LIFE VIDALIA promovam um crescimento substancial relativamente ao número de indivíduos e núcleos populacionais, permitindo atingir o objetivo de melhorar o estado de conservação de ambas as espécies até ao final do projeto.